O ano passado empatou com 2016 como o ano mais quente já registrado no mundo, fechando a década mais quente com a intensificação dos impactos das mudanças climáticas, disse o Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus da União Europeia nesta sexta-feira (8).
Após um inverno e outono excepcionalmente quentes na Europa, o continente experimentou seu ano mais quente já registrado em 2020, enquanto o Ártico sofreu um calor extremo e as concentrações atmosféricas de dióxido de carbono, que aquecem o planeta, continuaram a aumentar.
Cientistas disseram que os dados mais recentes ressaltam a necessidade de países e empresas reduzirem as emissões de gases de efeito estufa com rapidez suficiente para alcançar as metas do Acordo de Paris de 2015 para evitar mudanças climáticas catastróficas.
Em 2020, as temperaturas globais eram em média 1,25º C mais altas do que nos tempos pré-industriais, disse Copernicus. Os últimos seis anos foram os mais quentes do mundo já registrados.
O acordo de Paris visa limitar o aumento das temperaturas para “bem abaixo” de 2º C e o mais próximo possível de 1,5º C para evitar os impactos mais devastadores das mudanças climáticas.
O ano passado também viu a temperatura mais alta já registrada de forma confiável, quando em agosto uma onda de calor na Califórnia empurrou a temperatura no Vale da Morte, no deserto de Mojave, para 54,4° C.